Nas situações mais freqüêntes, se o exame for feito em um potro jovem em amamentação ou recém desmamado, é possível que o exame tenha uma leitura “positiva” devido aos anticorpos maternos presentes no soro do potro, e não pela infecção com o vírus da Anemia Infecciosa Eqüina e produção de anticorpos próprios. Assim, é necessário realizar um novo teste 30 dias após o desmame para verificar o nível de anticorpos do potro contra a p26 da AIE.
– Também há situações nas quais se observam leituras inespecíficas devido à reações cruzadas do antígeno p26 da AIE utilizada nos testes com antígenos semelhantes de outros patógenos. No entanto, conforme indicado na figura abaixo, um veterinário experiente consegue facilmente diferenciar essa reação de um “positivo”.
– Mais raramente, há relatos de cavalos positivos para Anemia Infecciosa Eqüina que aparentemente negativizam a reação de imunodifusão em gel de ágar, e outras técnicas de diagnóstico conforme indicam os técnicos e cuidadores.
No histórico desses animais verificam-se sempre antecedentes de tratamentos diários e prolongados, de compostos de formulação parenteral ou com suplementos orais de antiinflamatórios não-esteroidais (não corticóides).
Embora a reação de imunodifusão possa aparentar negativa, ela apresenta inflexão nas linhas sendo então uma reação positiva, conforme exemplificado na figura abaixo.
Conhecendo os antecedentes de Anemia Infecciosa Eqüina nesse animal, deve-se incluir na roseta teste um soro controle negativo, que ajudará na melhor visualização da inflexão do soro do eqüino “aparentemente negativo”.
Ainda é possível comparar, usando uma lupa, as linhas do soro suspeito frente às linhas que se abrem na leitura do soro negativo para visualizar a inflexão.
Esses animais fracamente positivos são portadores, e podem transmitir a doença, havendo seqüência viral integrada ao DNA celular. Em regiões endêmicas, eles mantêm essa leitura sem sintomatologia clínica da doença
Testes superiores
Esquerda: “Fraco positivo” (a linha se aproxima ao poço com o soro testado), “muito fraco positivo” (inflexão muito próxima ao poço com o soro testado) e “positivo” (formação de uma linha contínua, eqüidistante aos poços).
Direita: Todos os soros testados são positivos (formação de uma linha contínua, eqüidistante aos poços).
Em todos os soros testados houve a reação de identidade com a precipitação e união das linhas entre os soros controles e os soros testados.
Testes inferiores
Esquerda: Reações negativas (as linhas dos controles prolongam-se até o poço do soro testado, sem encurvar-se e afastando-se).
Direita: Exemplos de reações inespecíficas, nas quais os animais são negativos, mas há uma reação inespecífica com o antígeno (não há a formação de linhas contínuas entre o soro testado e os controles, havendo o cruzamento das linhas e a formação de esporão, ângulos mais agudos, pontas). Isso ocorre pela formação de outras reações Ag-Ac com antígenos molecularmente próximos ao p26 da AIE.